REPÚBLICA VELHA – MOVIMENTOS SOCIAIS RURAIS

Na República Velha (1889-1930), o Brasil rural foi marcado por revoltas como Canudos (1897) e Contestado (1912-1916), onde camponeses pobres enfrentaram a elite agrária e o Estado. Motivados por injustiça social, fanatismo religioso e disputas por terras, esses movimentos foram brutalmente reprimidos, revelando as tensões do Brasil agroexportador

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Professor Lewy Mota

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Movimentos Sociais no Campo Durante a República Velha (1889-1930): Conflitos e Resistência

A República Velha, marcada pela política do “café com leite” e pelo domínio das oligarquias agrárias, foi palco de intensos conflitos rurais, onde camponeses, sertanejos e comunidades marginalizadas desafiaram o poder estabelecido. Esses movimentos emergiram em resposta à concentração de terras, à exploração trabalhista e à exclusão social, revelando as contradições de um Brasil profundamente desigual.

Principais Movimentos e Suas Características

  1. Guerra de Canudos (1896-1897)

    • Liderada por Antônio Conselheiro, reuniu milhares de sertanejos no arraial de Canudos (Bahia), em busca de terra, justiça e autonomia.

    • O movimento, visto como uma ameaça à ordem republicana e à Igreja, foi destruído em quatro expedições militares, culminando em um massacre.

  2. Revolta do Contestado (1912-1916)

    • Conflito na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, onde camponeses expulsos de suas terras por empresas madeireiras e ferrovias seguiram o líder místico José Maria.

    • A justificativa messiânica e a luta pela posse da terra levaram a uma violenta repressão pelo Exército.

  3. Cangaço (Finais do séc. XIX – Década de 1930)

    • Bandos armados, como o de Lampião, agiam no Nordeste, alternando entre o banditismo e a resistência contra coronéis e autoridades.

    • Reflexo da miséria e da falta de Estado no sertão, o cangaço foi criminalizado, mas muitos viam os cangaceiros como justiceiros.

Causas Comuns dos Conflitos

  • Concentração fundiária: Latifúndios controlados por coronéis deixavam camponeses sem terra ou em condições análogas à escravidão.

  • Exclusão política e econômica: Populações pobres eram ignoradas pelo Estado, que servia às oligarquias.

  • Messianismo e resistência cultural: Líderes religiosos surgiam como alternativas de organização contra a opressão.

Repressão e Legado

  • O Estado, aliado aos coronéis, usou o Exército e jagunços para esmagar revoltas, muitas vezes com extrema violência.

  • Esses movimentos evidenciaram a necessidade de reforma agrária e inclusão social, temas que permaneceram relevantes no Brasil.

Conclusão: Os movimentos rurais da República Velha foram respostas à opressão oligárquica, deixando um legado de luta por direitos e justiça no campo. Sua história ajuda a entender as raízes das desigualdades sociais no Brasil.

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  • Sou graduado em História pela UnB e possuo uma sólida experiência no ensino de História para alunos do ensino médio e cursinho pré-vestibular. Nos últimos 13 anos, dediquei-me a preparar estudantes para os principais vestibulares e ENEM, sempre com excelentes resultados.